Introdução
A terminologia anatômica é fundamental para a compreensão e a comunicação entre os profissionais de saúde. Ela é utilizada para descrever as estruturas do corpo humano de maneira clara, precisa e padronizada, permitindo uma comunicação eficiente entre os profissionais de diferentes áreas da saúde.
Um importante marco na história da terminologia anatômica foi a criação da Nomina Anatomica (NA), em 1955. A NA é uma lista oficial de termos anatômicos padronizados, estabelecida pela Associação Internacional de Anatomistas (AIA), que é atualizada periodicamente para incorporar novas descobertas e avanços na área da anatomia humana.
A NA define os termos anatômicos utilizados pelos profissionais de saúde em todo o mundo, permitindo uma comunicação precisa e padronizada entre eles. Além disso, a NA estabelece a nomenclatura apropriada para as diferentes estruturas do corpo humano, facilitando a compreensão e a descrição das relações entre as diferentes partes do corpo.
A terminologia anatômica também é utilizada para descrever a posição e a orientação das estruturas do corpo humano. A posição anatômica, por exemplo, é um padrão utilizado para descrever a posição do corpo humano em pé, com as mãos ao lado do corpo, as palmas das mãos voltadas para frente e os pés juntos. A posição anatômica é usada como ponto de referência para descrever a localização e a orientação das diferentes estruturas do corpo humano.
A precisão e a padronização da terminologia anatômica são essenciais para evitar confusões e erros na comunicação entre os profissionais de saúde. Por exemplo, uma estrutura anatômica pode ter vários sinônimos ou nomes populares, dependendo da região geográfica ou cultural. O uso da terminologia anatômica padronizada garante que todos os profissionais de saúde compreendam corretamente a estrutura em questão, independentemente do idioma ou da região em que atuam.
Epônimos
Os epônimos foram amplamente abolidos da terminologia anatômica moderna. Epônimos são termos que derivam de nomes de pessoas, geralmente o anatomista que descreveu ou descobriu uma estrutura anatômica específica. Embora os epônimos tenham sido amplamente utilizados no passado, a sua utilização tem sido cada vez mais desencorajada devido a questões de ambiguidade e imprecisão.
Abreviaturas
As abreviaturas são comumente utilizadas em diversas áreas do conhecimento, incluindo a anatomia humana. No entanto, é importante lembrar que o uso inadequado de abreviaturas pode levar a erros e confusão, especialmente na comunicação entre profissionais de saúde. Por isso, é importante compreender quais abreviaturas são comumente utilizadas na anatomia humana e como elas devem ser empregadas corretamente.
Algumas das abreviaturas mais comuns utilizadas na anatomia humana incluem:
N. nervo
A. artéria
V. veia
M. músculo
Lig. ligamento
R. ramo
Art. articulação
Fasc. fascículo
For. forame
Ggl. Gânglio
Gl. Glândula
Atualmente, a terminologia anatômica oficialmente reconhecida é a Terminologia Anatomica (TA), que é mantida pela Federative International Committee on Anatomical Terminology (FICAT). A TA contém cerca de 7.500 termos anatômicos em latim, incluindo termos para estruturas, posições, planos e direções no corpo humano. Estes termos são amplamente utilizados em toda a comunidade médica e científica para garantir a comunicação precisa e clara sobre a anatomia humana.
Acredita-se, que antes das terminologias oficiais, 20000 termos anatômicos chegaram a ser considerados, fato que dificultava a padronização e consequentemente a comunicação.